Com o tema “Desenvolvimento Sustentável”, a mesa-redonda que teve como moderadora a engenheira Anna Virgínia Machado (Abes-UFF) fechou a programação do auditório principal na tarde da última quarta-feira (9), uniu os profissionais Fábio Augusto Gomes Vieira Reis (Febrageo-Unesp), Jorge Nei Brito (Fenemi-UFSJ), Luciana Gama de Mendonça (Abea-UFCE), Fernando Cezar Juliatti (Abeas-UFU) e Hely de Andrade Júnior (Abeq) para debaterem o papel da engenharia nos objetivos do desenvolvimento sustentável.
Os participantes da mesa-redonda abordaram os 17
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e o como cada um poderia dar
sua contribuição para que os mesmos sejam alcançados. Anna Virgínia frisou a
importância do objetivo 6, que assegura a disponibilidade e gestão sustentável
da água e saneamento para todas e todos. “Antes o objetivo falava em 50% do
acesso a água potável, hoje o acesso deve ser universal. Portanto a engenharia
e a agronomia devem trabalhar interligadas para que todas tenham uma água de
qualidade e segura”, diz.
A engenheira Luciana Gama destacou o objetivo 12, que
assegura padrões de produção e de consumo sustentáveis. Segundo ela o caminho
para acabar com o desperdício de alimentos no mundo e o controle na produção.
“Não adianta produzir muito para desperdiçar depois. É necessário um controle
eficaz na produção desses alimentos. Estamos trabalhando com um projeto para
conter o desperdício de resíduos de alimentos de origem vegetal e acredito que
estaremos contribuindo com os objetivos lançados pela ONU”.
Abordando o objetivo 7 – assegurar o acesso confiável,
sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos, o engenheiro
Hely Andrade afirmou que para garantir o acesso à energia de forma sustentável
é necessário desenvolver fontes de energia renováveis, melhorar as eficiências das
transformações das diversas formas de energia, racionalizar os usos das
diversas formas de energias, entre outras.
O professor Fernando Cezar Juliatti ressaltou a
importância do desenvolvimento sustentável e da agricultura no cumprimento dos
ODS. “Precisamos trabalhar a inovação na agricultura, entre elas agregar mais
valor aos grãos. Somos importadores de tecnologias e máquinas, exportamos
commodities e dependemos do que de ruim acontece na agricultura americana”,
aponta.
Apontado o objetivo 9, que tem como objetivo construir
infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e
sustentável e fomentar a inovação, o professor Jorge Nei afirmou que um dos
caminhos para o cumprimento desse objetivo é o desenvolvimento industrial
inclusivo e sustentável como novo desafio das técnicas preditivas.
Finalizando a mesa-redonda, o geólogo e engenheiro civil
Fábio Augusto debateu a respeito do objetivo 11 – tornar as cidades e os
assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. Segundo
ele, para alcançar o objetivo em questão, é importante a realização de estudos
e projetos de planejamento territorial que contempla um plano diretor, plano de
bacias hidrográficas, zoneamento ambiental, zoneamento de áreas costeiras,
planos de manejo de áreas protegidas, plano de áreas metropolitanas.
Por Laila Moraes
Equipe de Comunicação do Confea/Crea e Mútua